A Capela Sistina
A Capela Sistina é famosa em todo o mundo pois é la que se realizam as cerimônias oficiais do Vaticano. Ao propósito, é na Capela Sistina que acontece o Conclave. Em princípio também foi palco de algumas coroações papais.
A Capela Sistina faz parte da rota dos Museus Vaticanos. É considerada por muitos como o principal tesouro artístico e cultural do Vaticano.
No seu interno estão afrescos de importantes artistas italianos do século XV. Entre eles, Sandro Botticelli, Pinturicchio, Domenico Ghirlandaio, Pietro Perugino, Piero di Cosimo, Luca Signorelli, e sobretudo de Michelangelo Buonarroti.
A primeira menção do edifício da Capela Sistina remonta a 1368, na qual as obras artísticas são anunciadas para o ano seguinte por Giovanni da Milano e Giottino.
No século XV, começaram as obras de restauração da Capela Sistina. Iniciadas pelo papa Sisto IV ( cujo nome deriva ), que também realizou importantes obras de recuperação, reconstrução e decoração tanto do tecido urbano de Roma como da Capela Palatina do Palácio Apostólico .
Os interventos na Capela Sistina foram divididos em 3 etapas:
- A parte inferior das paredes, ou o rodapé, deveriam ser cobertas por tapetes.
- A parte central das paredes deveriam ter representações de cenas do Antigo Testamento, incluindo a vida de Moisés.
- A parte mais alta das paredes deveria ter representações dos papas martirizados
A primeira obra artística realizada se encontra na parede atrás do altar, que hoje recebe o nome de Juízo, e que foi feita por Perugino.
Sucessivamente outros grandes artistas como Sandro Botticelli, Domenico Ghirlandaio, Cosimo Rosselli, Pinturicchio, Piero di Cosimo, Luca Signorelli ( que assumiram o cargo de Perugino ) e Bartolomeo della Gatta foram enviados à Roma por Lorenzo de Medici para a reconciliação com aqueles que tinham apoiado a Congiura dei Pazzi ( Conspiração dos Pazzi ) .
A reconciliação foi sancionada graças aos trabalhos desses artistas “embaixadores da paz” e da supremacia de Florença pela beleza, cultura e harmonia.
No século XVI, devido uma grande rachadura no teto, foi suspenso de qualquer tipo de obra na Capela Sistina. Mais tarde, Giulio della Rovere que restaurou a rachadura com a adição de tijolos. Foi nesse contexto que pediu a ajuda de Michelangelo para restaurar as decorações da cobertura.
Volta della Cappella Sistina
A ” Volta della Cappella Sistina” ou Cobertura da Capela Sistina, é considerada a obra mais importante de Michelangelo e do ocidente. Foi realizada por Michelangelo entre 1508 e 1512, composta de afrescos de representam e vida de Jesus e do profeta Moisés.
A tarefa era inegavelmente difícil, já que era necessário chegar ao teto. Foi assim que Bramante construiu para Michelangelo um andaime suspenso no ar por meio de cordas. Este estratagema, no entanto, teria deixado buracos no teto uma vez que o trabalho foi concluído. Por esse motivo, o próprio Michelangelo construiu um andaime especial, composto de degraus, o que teria facilitado o trabalho em todos os cantos.
Problemas e dificuldades na construção do teto da Capela Sistina
Outro problema que Michelangelo descobriu foi o gesso, ou melhor, a primeira camada mofou depois de pouco tempo. Posteriormente, um de seus assistentes, Jacopo l’Indaco, preparou uma nova mistura, que resistiu muito bem sem mofar e que mais tarde se tornou parte da tradição na construção italiana.
O Papa Leão X, patrocinado até então pela família Della Rovere, com a intenção de associar seu nome à Capela Sistina doou algumas tapeçarias muito especiais. Os tapetes ilustravam a história dos santos Pedro e Paulo.
Em 1522, devido à instabilidade do terreno, Capela Sistina sofreu outros danos, que causaram o colapso da arquitrave do portal. No ano seguinte, outras fendas se formaram, danificando alguns afrescos que representavam as histórias de Cristo e de Moisés irremediavelmente.
Contudo a Capela Sistina ainda não estava terminada. Se de um lado as obras de reestruturação vinham sendo normalmente realizadas, do outro, Clemente VII encomendou a Michelangelo Buonarroti a pintura que mais tarde se chamaria O Juízo Final.
Certamente para este trabalho, Michelangelo Buonarroti foi um pouco mais longe. Como dizem, genialidade e loucura. Além de distorcer a abordagem espacial e iconográfica, Michelangelo também pintou figuras nuas e com os órgãos genitais em exibição; tanto que o artista foi acusado de imoralidade.
Após a morte de Michelangelo, foi emitida uma lei que previa a cobertura dos órgãos genitais. Somente hoje, com as recentes restaurações, decidiram pela remoção dos indumentos que um aprendiz de Michelangelo havia projetado para cobrir a nudez.
Assistam logo abaixo um vídeo do jornal da globo realizado na Capela Sistina.